Não há muitas dúvidas de que a seleção brasileira é uma das melhores do planeta. Dona de um talento e hierarquia quase impossíveis de igualar, é um dos berços futebolísticos por excelência. Desde a sua criação em 1914, a seleção canarinha alcançou sucessos na forma de títulos que a colocam no topo do esporte rei.
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Ao longo de sua história, a equipe brasileira disputou mais de 1000 jogos oficiais. Nunca faltou a uma Copa do Mundo, sempre se destacou a nível regional e é candidata em cada torneio que participa. Mas, quantos títulos conquistou durante todo esse tempo? Se você não sabe ou não se lembra, não se preocupe, nesta nota vamos revisar a lista completa. Vamos começar!
20. Copa América 1919

(Foto: CBF)
O primeiro título na história da equipe. A edição de 1919 da Copa América foi a primeira realizada em terras brasileiras. Em pleno desenvolvimento futebolístico a nível regional, participaram da competição as mesmas quatro seleções que haviam participado nas edições anteriores: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. A modalidade de disputa era todos contra todos, e a equipe com mais pontos se tornava campeã sul-americana. Todos os jogos foram disputados no Estádio das Laranjeiras do Fluminense, na cidade do Rio de Janeiro, entre 11 e 29 de maio.
O campeonato foi ganho pelo Brasil, mas não foi tão simples e teve que jogar uma partida de desempate, pois havia empatado em pontos com os uruguaios. Nesse jogo, o placar manteve-se em zero a zero durante os 90 minutos, então foram disputadas duas prorrogações de 30 minutos cada (mais de 150 minutos no total). O gol da vitória foi marcado após 122 minutos de jogo por Arthur Friedenreich. No total, foram marcados 27 gols em 7 jogos, e o próprio Friedenreich, junto com seu companheiro Neco, foram os artilheiros do torneio com quatro gols cada.
19. Campeonato Panamericano 1952

(Foto: Redes Sociais)
O Campeonato Panamericano de Futebol foi um torneio oficial organizado pela Confederação Panamericana, similar ao Campeonato Sul-Americano de Seleções (atualmente Copa América), com a diferença de que abrangia os países de todo o continente. Apenas três edições foram realizadas: em 1952, 1956 e 1960. Na primeira edição, o torneio foi realizado em Santiago, Chile, entre 16 de março e 20 de abril, e a seleção brasileira terminou como campeã com um total de 9 pontos.
A verde-amarela não teve rivais, foi completamente superior e ficou com o título após 4 vitórias e um empate: 2-0 contra o México, 0-0 com o Peru, 5-0 contra o Panamá, 4-2 contra o Uruguai e 3-0 contra o Chile. Em uma espécie de revanche da derrota sofrida apenas dois anos antes na Copa do Mundo, a equipe que contava com muitos integrantes do Mundial de 1950 (e que ainda usava a camisa branca) derrotou o Uruguai no jogo decisivo, com figuras como Didi, Djalma Santos e Ademir, entre outros.
18. Copa das Confederações 2013

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Outra vez jogando em casa, como uma prévia para uma Copa do Mundo que gerava muita expectativa. Frente aos melhores times de cada continente e, apesar de não chegar em sua melhor versão e contar com vários nomes que começavam a se destacar como a renovação da seleção, o Brasil esteve à altura e foi o claro vencedor da copa. Com um contundente 3-0 na final contra a Espanha, campeã mundial, o Brasil se coroou como vencedor da Copa FIFA das Confederações, em sua nona edição, disputada entre 15 e 30 de junho.
O torneio foi realizado pela primeira vez em 1992 sob o nome de Copa do Rei Fahd. Desde a terceira edição, já foi absorvido pela entidade maior do futebol mundial. No caminho para a consagração, o Brasil estreou derrotando o Japão (campeão asiático) por 2-0, goleou o México (campeão da Concacaf) por 3-0, venceu a Itália (vice-campeã da UEFA) por 4-2, derrotou o Uruguai (campeão da Conmebol) por 2-1 e venceu os espanhóis na final disputada no Maracanã.
17. Copa América 1949

(Foto: CBF)
Após 27 anos de ausência, a copa voltou ao Brasil, onde oito seleções disputaram o troféu nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Belo Horizonte. O torneio também serviria como preparação para os cinco times sul-americanos que participaram no ano seguinte da Copa do Mundo, celebrada no mesmo cenário. A seleção canarinha se coroou pela terceira vez em sua história em uma campanha na qual marcou 46 gols em 8 jogos, o maior número de gols de uma seleção em uma mesma edição na história do torneio, com a incrível média de 5,75 por jogo.
Seu maior artilheiro foi Jair Rosa Pinto, com 9 gols, que também lhe foram úteis para se consagrar como artilheiro da edição. A equipe derrotou o Paraguai por 7-0 no jogo desempate pelo título, na vitória mais esmagadora em uma final na história do torneio. Os campeões também superaram a Bolívia por 10-1 (a vitória mais ampla do Brasil na competição), o Equador por 9-1 e o Peru por 7-1. Além disso, venceram o Chile por 2-1, o Uruguai por 5-1 e perderam para o Paraguai por 1-2 no primeiro jogo.
16. Copa das Confederações 1997

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O torneio ou a se chamar assim a partir da edição de 1997, quando a entidade máxima do futebol mundial a reconheceu como oficial. Com isso, o torneio ampliou pela segunda edição consecutiva o número de participantes, elevando-o de seis para oito. Pela primeira vez na curta história da competição, participariam os campeões das seis Confederações do Futebol Mundial. O campeonato começou com um dos jogos mais esperados: o anfitrião, a Arábia Saudita, enfrentou nada menos que o Brasil, que contava com Romário, Ronaldo, Cafu, Dida, Roberto Carlos, Dunga e Denilson.
Aquele encontro já marcaria o caminho da seleção brasileira: vitória por 3 a 0. Apesar de ter empatado sem gols com a Austrália no segundo jogo, venceu o México por 3 a 2 no terceiro, garantindo o primeiro lugar. A implacável dupla formada por Romário e Ronaldo garantiu a agem para a final ao derrotar a República Tcheca por 2 a 0. Mas não pararam por aí: Ronaldo marcou três gols na final contra a Austrália, que o Brasil venceu por 6-0, enquanto Romário fez os outros três gols para completar a goleada.
15. Copa América 1922

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Com a intenção de comemorar o primeiro centenário de sua independência, o Brasil foi o anfitrião do torneio. Novamente, a sede foi o Rio de Janeiro e os jogos foram disputados no Estádio das Laranjeiras. Em casa, a equipe não decepcionou. Foi campeã liderada por Amílcar, Neco e Heitor Domingues, três craques que têm um lugar na grande história da seleção brasileira. Nesta edição da Copa América participaram cinco seleções: Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e os anfitriões.
A seleção brasileira foi a primeira campeã com um recorde de empates (3). No torneio, só venceu a Argentina (2-0) e o desempate com o Paraguai (3-0). Apesar do título indiscutível, o campeonato teve uma resolução estranha: contou com um inédito empate triplo no primeiro lugar (Brasil, Uruguai e Paraguai). A chave da situação foi que os uruguaios, em protesto contra as arbitragens, se retiraram do torneio. Naquela época, a Celeste dominava o futebol e era a grande favorita ao título. Mas para o Brasil, as portas se abriram, e a equipe não desperdiçou a oportunidade.
14. Campeonato Panamericano 1956

(Foto: Redes Sociais)
A segunda edição deste torneio foi realizada na Cidade do México, entre fevereiro e março de 1956, com um total de seis equipes participantes: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México e Peru. Pela segunda vez consecutiva, com grandes diferenças, o campeão foi a seleção brasileira que, para esta ocasião, estava composta inteiramente por jogadores da Divisão de Honra de Porto Alegre e Pelotas.
Nesta segunda edição do torneio, o Brasil teve que lutar um pouco mais, mas terminou sua participação invicto, com quatro vitórias e um empate. Depois de começar derrotando o Chile (2-1), o Peru (1-0), o México (2-1) e goleando a Costa Rica (7-1), veio o confronto decisivo contra a Argentina. O empate em 2 a 2, com gols de Chinesinho, José Yudica, Enio Andrade e Omar Sívori, permitiu ao Brasil alcançar 9 pontos e, com isso, confirmar o bicampeonato, relegando a Argentina ao segundo lugar.
13. Copa das Confederações 2009

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Esta edição serviria para demonstrar seu poder entre os melhores do planeta, já que somava seu terceiro título, mas também confirmaria outro feito estatístico: nunca na história das finais da competição confederacional uma equipe havia conseguido virar o placar. Na África do Sul 2009, o Brasil virou um 0-2 adverso com o qual os Estados Unidos haviam saído na frente no primeiro tempo. Com um duplo de Fabiano e um gol de Lúcio, a equipe verde-amarela virou o placar no segundo tempo.
Após um começo vacilante, vencendo o Egito por 4 a 3 no final, depois goleou a própria equipe norte-americana (3-0) e fechou com uma brilhante demonstração de futebol e contundência ao atropelar a Itália, campeã mundial, por 3 a 0. Chegou à partida decisiva depois de vencer a África do Sul (1-0) nas semifinais e, embora enfrentasse a surpresa do torneio (primeira final na história da equipe norte-americana) e levasse um grande susto, pelo menos por 45 minutos, a taça voltou para suas mãos.
12. Copa América 2004

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Na edição de 2004, o Brasil se consagrou campeão pela sétima vez da competição, superando em uma dramática final a Argentina. A Canarinha perdia por 2-1 para a Albiceleste até os 92 minutos e 45 segundos, momento em que Adriano, a figura do torneio, marcou o 2-2 para levar a partida para os pênaltis, onde os comandados por Carlos Alberto Parreira venceram por 4-2. Destacaram-se o goleiro Júlio César e Luisão, além do grande artífice do título, Adriano, que marcou o gol mais tardio para empatar ou colocar sua equipe em vantagem em uma final da competição desde 1919, quando Friedenreich marcou o 1-0 do Brasil contra o Uruguai aos 122 minutos de jogo.
Adriano foi o artilheiro do torneio, com sete gols. Nenhum jogador havia marcado tantos gols em uma única edição da competição desde a Argentina em 1959, quando Pelé marcou oito. A consagração para o Brasil veio após vencer nos pênaltis tanto na semifinal contra o Uruguai quanto na final contra a Argentina, tornando-se a primeira equipe a vencer o troféu superando ambas as fases decisivas desde o ponto de penalidade. Mas valeu um título, e é isso que realmente importa.
11. Copa América 1999

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O bicampeonato continental brasileiro veio após uma atuação sensacional na edição realizada no Paraguai em 1999. No país guarani, que organizava o torneio pela primeira vez, o Brasil mostrou um enorme potencial com figuras de grande destaque, como Rivaldo, o melhor jogador do torneio, o goleiro Dida, seu capitão Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo. A Canarinha alcançou 12 vitórias consecutivas no torneio, a maior sequência de vitórias da história. Venceu todos os seus jogos em 1999 e na edição anterior, conquistando o bicampeonato pela primeira vez.
Nesta edição, goleou 7-0 a Venezuela, derrotou 2-1 o México, 1-0 o Chile, 2-1 a Argentina (Quartas de final), 2-0 o México (Semifinais) e 3-0 o Uruguai (Final). Ronaldo jogou sua última Copa América: venceu os 13 jogos que disputou no torneio, marcando 10 gols. Entre os jogadores com 100% de vitórias na competição, Ronaldo Fenômeno é o que mais jogou. Esta edição foi a única em que Rivaldo participou, que, junto ao próprio Ronaldo, foi o artilheiro com 5 gols: quatro foram na fase final (dois contra o Uruguai, um contra o México e um contra a Argentina).
10. Copa das Confederações 2005

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Em 15 de junho de 2005 começou uma das Copas das Confederações mais vibrantes que se lembram. As presenças da Alemanha, Argentina e Brasil dotavam o torneio de um grande interesse, somado a gratas revelações como o Japão, acabaram armando um campeonato muito atraente para o espectador, já que foi um dos mais goleadores da história, com 56 gols em apenas 16 jogos.
A seleção aterrissou na Alemanha com três baixas sensíveis: Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo. Ou seja, os protagonistas mais lembrados do título mundial em Yokohama. Mas essas ausências foram uma bênção para Parreira, pelo desempenho dos quatro da ofensiva: Ronaldinho, Kaká, Robinho e Adriano. Acima de qualquer pretensão tática, aquele Brasil tinha muita vontade de jogar futebol. E, mesmo com altos e baixos dentro do torneio, ao ponto de quase ficar de fora na primeira fase, houve momentos em que sua caminhada foi superlativa. Sobretudo na grande final, onde derrotou a Argentina por 4-1 no clássico regional.
9. Copa América 2019

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Reafirmando mais uma vez o que marca a história, o Brasil recebeu a edição de 2019 da copa e, jogando novamente em casa, foi o campeão da competição. Dessa forma, conquistaria seu nono título continental, de forma invicta. A seleção dirigida por Tite e com figuras como Alisson Becker, Thiago Silva, Filipe Luís, Gabriel Jesus, Everton ou Firmino, começou sua trajetória no torneio integrando o Grupo A, junto com a Bolívia, a quem venceu por 3-0, a Venezuela (empatou sem gols) e o Peru, a quem venceu por 5-0.
Nas Quartas de Final, superou o Paraguai por 4-3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. Essa foi a quinta disputa de pênaltis vencida pela seleção, um recorde na história do torneio. Depois, nas Semifinais, derrotou a Argentina por 2-0 e a Canarinha conquistou o título em 7 de julho de 2019 ao derrotar o Peru por 3-1 na partida decisiva. Concedeu apenas um gol, tornando-se o campeão que menos gols sofreu desde 2001, quando a Colômbia ganhou o título sem sofrer gols. Durante o torneio, tornou-se o terceiro país a alcançar 100 vitórias na Copa América.
8. Copa do Mundo 1994

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Após uma longa espera de 24 anos, o Brasil voltaria a se coroar, tornando-se o primeiro tetracampeão mundial. Com mais dúvidas do que certezas devido ao desempenho nas eliminatórias e nos amistosos prévios, a Canarinha apresentou-se em território norte-americano sem o favoritismo de outrora, embora as qualidades de um grande elenco o ajudassem a alcançar a esperada conquista. Uma vitória por 2-0 contra a Rússia na estreia ajudou os comandados por Carlos Parreira a encaminhar a fase inicial, na qual venceriam por 3-0 Camarões e empatariam por 1-1 contra a Suécia.
As complicações começariam nas Oitavas de Final, onde se encontraram com os Estados Unidos. Mas a enorme dupla Romário-Bebeto se combinou para marcar o único gol e permitiu que continuassem avançando. Nas Quartas, mais fortalecido e convencido de suas possibilidades, superaram um desafio crucial contra a Holanda: vitória 3-2 em na melhor atuação na copa. A Suécia voltou a ser adversária da verde-amarela, mas desta vez, sabendo-se superior, controlou o jogo, embora só tenha conseguido vencer por 1-0, novamente graças a Romário. O adversário na Final foi a Itália, um jogo com poucas chances que se estendeu até os pênaltis, onde Franco Baresi, Daniele Massaro e Roberto Baggio erraram suas cobranças, resultando no 3-2 que selou o placar.
7. Copa do Mundo 1962

(Foto: CBF)
Como havia acontecido na Suécia em 1958, o Brasil foi o grande animador da Copa e ficou com o título, depois de superar diversas adversidades ao longo do caminho. Mas, no balanço final, não houve discussão. Venceu a Tchecoslováquia na grande final, após uma campanha similar à da Suécia: venceu o México e a Espanha e empatou com a Tchecoslováquia na fase inicial. Depois, venceu por 3-1 a Inglaterra nas Quartas de final e por 4-2 o Chile nas semifinais. Esta seria a última vez que uma Seleção conseguiria um bicampeonato mundial.
O Chile 1962 não seria uma lembrança agradável para Pelé, apesar do resultado final. O astro conseguiu jogar apenas duas partidas antes de uma lesão o afastar da competição até o final. Embora tivessem perdido um líder no campo, os jogadores da Canarinha conseguiram avançar e melhorar seu desempenho, até repetir o sucesso alcançado quatro anos antes. Garrincha foi a estrela da Copa do Mundo: marcou quatro gols no torneio e, junto com Vavá, outra peça fundamental da verde-amarela, foram chave para a segunda conquista do país. Amarildo, o substituto de Pelé, também foi peça chave na conquista do título.
6. Copa América 1989

(Foto: Imago)
Nesta edição, o Brasil voltou a ser anfitrião do torneio pela primeira vez desde 1949, como parte das comemorações pelos 75 anos da Confederação Brasileira de Futebol. E a festa foi completa, já que a equipe voltou a vencer o título após quarenta anos. As dez seleções foram divididas em dois grupos, uma zona jogada em Goiânia, a outra em Salvador e Recife, enquanto a Fase Final, também no formato de todos contra todos, foi disputada no Maracanã. A este estádio assistiram mais de 170 mil espectadores na última rodada, quando o Brasil derrotou o Uruguai e se consagrou pela primeira vez no mítico cenário.
Participaram todas as estrelas que atuavam na Europa, e na seleção campeã destacaram-se o lateral Mazinho e os atacantes Romário e Bebeto. Na vitória por 2-0 contra a Argentina, a dupla ofensiva teve uma participação destacada. Romário marcou três gols, todos na Fase Final, incluindo o gol da vitória por 1-0 na partida decisiva contra o Uruguai. Foi seu maior registro em uma edição da competição (em 1997 igualaria sua marca). Além disso, foi a única edição em que Bebeto participou, sendo o principal artilheiro com seis gols.
5. Copa América 2007

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A copa serviria para alcançar um feito muito difícil de igualar: o Brasil se consagrou campeão pela quarta vez nas últimas cinco edições do torneio. Do ponto de vista futebolístico, a equipe foi crescendo jogo a jogo após uma derrota na primeira rodada do grupo. A Canarinha teve um jogo aguerrido e com muito talento, como Robinho, que foi o artilheiro do torneio com 6 gols. Tudo se resolveu após uma segunda final consecutiva contra a Argentina, embora nesta ocasião, tudo se resolveu com uma contundente vitória por 3 a 0.
O sucesso gerou ainda mais repercussão, pois a Argentina levou todas as suas estrelas para a copa, enquanto o Brasil montou um time misto, priorizando as eliminatórias para a Copa do Mundo da África do Sul. Por isso, o caminho para o título foi um pouco mais complicado do que o previsto. Após 0-2 na estreia contra o México, vitórias por 3-0 contra o Chile e 1-0 contra o Equador para avançar de fase. Nas Quartas de final, voltou a golear o Chile (desta vez por 6-1) e nas Semifinais empatou por 2-2 contra o Uruguai e venceu nos pênaltis, para chegar à partida decisiva, onde a contundência da equipe resolveu facilmente as coisas.
4. Copa América 1997

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O campeão mundial vigente ia terminar com uma pendência: na altitude de La Paz, o Brasil se consagraria campeão do torneio pela primeira vez na história fora de casa. E fez isso com uma seleção dirigida por Mário Zagallo e com jogadores históricos como Claudio Taffarel, Cafú, Roberto Carlos, Romário e Ronaldo. Também Aldair e Dunga, que jogaram suas últimas partidas no torneio, completando três edições (1989, 1995 e 1997) sem perder nenhum jogo.
A melhor partida do torneio foi protagonizada por México e Brasil na fase inicial: os mexicanos começaram na frente com dois gols, mas o Brasil virou com gols de três campeões do mundo: Aldair, Romário e Leonardo. As vitórias sobre a Costa Rica (5-0) e a Colômbia (2-0) garantiram uma classificação perfeita. Nas quartas de final, venceria o Paraguai por 2-0. A goleada de 7-0 sobre o Peru nas semifinais foi a mais ampla nas fases decisivas na história do torneio. A Bolívia cumpriu um papel brilhante até chegar à final, mas ali não pôde com a máquina brasileira, que ganhou seus seis jogos para depois levantar o título com um 3-1 na final.
3. Copa do Mundo 2002

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Às vezes, os times nascem para serem campeões e outros se definem no caminho. Inclusive, quase durante a própria competição, como aconteceu com o Brasil na Copa do Mundo Coreia-Japão: foi de menos a mais para acabar se consagrando como um grande campeão mundial. Para que isso acontecesse, houve uma figura preponderante: Ronaldo Nazário mostrou toda sua qualidade naquela competição. O repertório do Fenômeno naquela Copa do Mundo foi muito variado para marcar 8 gols, incluindo dois na final contra a Alemanha, o que permitiu ao Brasil alcançar o pentacampeonato.
Pela primeira vez, um país conseguiu sete vitórias no torneio. Após uma estreia em que não mostrou sua melhor versão e só conseguiu desatar no final contra a Turquia (vitória por 2-1), o time esmagou a China (4-0) e a Costa Rica (5-2) para chegar com muito mais certezas à fase decisiva. Nas oitavas, houve um jogo controverso contra a Bélgica, que acabou ganhando por 2-0. O próximo obstáculo foi a Inglaterra, grande desempenho e vitória por 2-1 para chegar às semifinais contra a Turquia. Desta vez, venceu por 1-0 e ou a partida final contra a Alemanha. Ali, a qualidade técnica brasileira fez a diferença.
2. Copa do Mundo 1958

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Depois de muito desejar, chegaria a primeira consagração mundial. Foi na Suécia, onde Pelé inaugurou uma nova classe de jogador: aquele capaz de ganhar partidas com seu talento. Com apenas 17 anos, a estrela brasileira soube ser o líder que aquele time precisava, brilhou tecnicamente e marcou 6 gols naquela Copa do Mundo. Naquele campeonato, o Brasil terminou invicto e marcando 16 gols em 6 partidas.
Depois de golear a Áustria por 3-0 e um empate tímido de 0-0 com a Inglaterra, o técnico Vicente Feola (a pedido do resto do time) decidiu colocar Pelé e Garrincha em campo: 3-0 contra a União Soviética na última partida da fase de grupos. Nas quartas de final, Gales foi um obstáculo. Os britânicos apelaram para o jogo duro, até que o jogador do Santos recebeu de costas e com um toque sutil colocou junto a um poste. Viria a poderosa França, mas o jovem rei marcou três gols e não houve equivalências. Algo parecido aconteceu na final contra os anfitriões, em ambos os casos foram vitórias por 5-2. O Brasil de Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Zagallo, Djalma Santos e Nilton Santos era o melhor time do mundo.
1. Copa do Mundo 1970

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O time maravilha. No México se viu o que, para muitos, foi um dos maiores times da história do futebol. A principal contribuição de Mario Lobo Zagallo foi reunir cinco números dez na escalação titular, algo que foi a marca distintiva do campeão mundial de 1970: Pelé, Jairzinho, Gerson, Tostão e Rivelino. A Canarinha não teve piedade de seus adversários e terminou o campeonato com uma trajetória perfeita: seis jogados, seis vencidos, marcando 17 vezes e recebendo apenas seis gols.
A apresentação foi contra a Tchecoslováquia e, com o ar dos minutos, o time começou a se soltar até alcançar um 4-1. Contra a Inglaterra, a figura do goleiro Gordon Banks foi crucial para a vitória por apenas 1-0, e contra a Romênia, os gols de Pelé e Jairzinho garantiram o 3-2 no placar. Nas quartas de final, o adversário foi o Peru, a revelação que não pôde conter a artilharia do rival, que venceu por um contundente 4-2. Na semifinal, enfrentou o complicado Uruguai e teve que reverter o resultado para vencer por 3-1. Na final, superou a Itália por um contundente 4-1 que terminou com Pelé comemorando nos ombros de seus companheiros seu terceiro Mundial.