EUA lideram com estrutura e visão de longo prazo
O novo Mundial de Clubes da FIFA, prestes a começar nos EUA, é mais que um torneio: é uma vitrine para repensar o mercado do futebol. Para o Brasil, a chance de observar o ecossistema local pode render frutos inesperados, sobretudo no futebol feminino.
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A ascensão da NWSL é um exemplo claro de como planejamento e inovação geram impacto e resultados consistentes, além de atratividade para marcas e investidores. A história de sucesso da Seleção Feminina dos EUA é reflexo de políticas e investimentos sólidos desde os anos 1990.
Hoje, o país abriga a liga feminina mais valorizada do planeta, a NWSL, e realiza feitos inéditos como a construção do primeiro estádio exclusivo para um time feminino profissional. O Kansas City Current, com seu modelo de gestão e engajamento comunitário, virou referência de inovação esportiva e social.

Brasil x EUA. Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Inclusão e legado: mais que performance esportiva
O futebol feminino nos EUA vai além do campo. Projetos como o do Kansas City Current integram bairros, apoiam empreendedores locais e promovem diversidade. Esses movimentos mostram que um clube pode gerar valor social e econômico simultaneamente, sendo reconhecido pelo público como um ator relevante.
No Brasil, isso ainda é uma fronteira a ser explorada com a profundidade necessária. O crescimento da NWSL é acompanhado por métricas expressivas: valorização de clubes acima de US$100 milhões, recordes de público por três anos seguidos e contratos de TV de US$240 milhões.
Além disso, o engajamento da audiência com as marcas patrocinadoras da liga é superior ao da liga masculina local. Não é mais sobre “oportunidade futura”; o retorno já está acontecendo. Embora ainda distante de realidades como a do KC Stadium, o Brasil tem ativos valiosos: torcidas massivas e clubes tradicionais.

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A integração do futebol feminino nessas estruturas é lenta e frequentemente tratada como obrigação. Com profissionais e líderes preparados, e cases bem-sucedidos internacionais, é hora de ver o futebol feminino como um ativo estratégico, ou perder o jogo do futuro.