Fase iluminada na Europa
Após dois anos longe da Seleção, Gio Garbelini voltou com tudo. A atacante foi convocada para amistosos importantes e assumiu papel de destaque na equipe. “Quando fui convocada, fiquei muito feliz mesmo. Eu realmente não esperava”, disse ela, que marcou gols decisivos e ajudou o Brasil a quebrar tabus contra Austrália e Estados Unidos.
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Aos 21 anos, Gio se reencontra com sua melhor versão em campo e emociona com sua entrega e maturidade. Depois de ar por clubes da Inglaterra sem regularidade, Gio reencontrou o brilho no futebol espanhol. No Atlético de Madrid, conquistou o prêmio de melhor jogadora da Liga F em março e ajudou o time a terminar em terceiro.
“Sou grata por tudo o que já vivi. Tudo acontece no tempo certo”, contou. A conexão com o Brasil cresceu ainda mais após assumir o sobrenome Garbelini, homenagem à avó falecida, marcando um recomeço pessoal e profissional. Apesar da pouca idade, Gio carrega experiência rara. Com diploma olímpico de Tóquio 2020 na parede, sonha com novas conquistas.

Neo Química Arena, palco do primeiro amistoso entre Brasil e Japão. Foto: Divulgação/CBF
Marta: inspiração que virou parceria de campo
Conviver com Marta virou um sonho realizado. Gio sempre a teve como referência e hoje compartilha treinos e partidas com a camisa 10. “Sempre foi meu sonho jogar ao lado dela”, contou emocionada. Para Gio, Marta representa a alma da Seleção: “Ela sempre vai ser nossa capitã, nossa referência.”
Inspirada por ela, Gio mostra uma entrega incansável e espírito competitivo em campo, características que a tornaram símbolo da nova fase da equipe. A atacante destacou o impacto positivo da chegada de Arthur Elias na Seleção.
“Eu senti um clima bem diferente quando cheguei, um ambiente leve. Fui bem acolhida e isso me deu confiança”, disse. Segundo Gio, o técnico estimula o protagonismo: “Ele fala: ‘pressão na goela’. Isso traz energia e motivação. A gente joga mais leve.” O reencontro com a Amarelinha foi também reencontro com sua essência. “Me sinto mais preparada e madura.”

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Olhar firme no presente e no futuro
Com Copa América e Copa do Mundo pela frente, a atacante quer manter a regularidade. Sobre projeções futuras na Amarelinha e se está em sua melhor fase na carreira; ela diz ainda: “Tomara que em 2028 eu volte. Essa prata de Paris deixou a gente com mais força e vontade de ganhar. Estou em um momento muito bom. Agora eu diria que sim, mas ainda tenho muita Gio para mostrar”, encerrou.