Brasileiros no Mundial de Clubes
Desde 2000, quando o Mundial de Clubes ou a ser organizado pela FIFA, diversos clubes brasileiros tiveram a chance de disputar o torneio mais importante do futebol entre clubes. Ao longo dessas edições, o Brasil conquistou títulos históricos, mas também viveu momentos para serem esquecidos.
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Derrotas inesperadas, atuações abaixo do esperado e eliminações que chocaram o país marcaram algumas campanhas. Entre glórias e fracassos, o Mundial já foi palco de grandes decepções que até hoje seguem na memória dos torcedores.
As maiores decepções brasileiras no Mundial
Internacional (2010): O Colorado protagonizou o primeiro grande fracasso de um clube brasileiro no Mundial de Clubes organizado pela FIFA. Depois de conquistar a Libertadores em 2010, o time gaúcho chegou aos Emirados Árabes sonhando com o bicampeonato e já projetava uma decisão contra a poderosa Internazionale de Milão.
Só que os planos ruíram na semifinal, quando o Colorado foi surpreendido pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, que venceu por 2 a 0 e chocou o mundo. A cena mais emblemática daquele dia foi a comemoração inusitada do goleiro Kidiaba, quicando no gramado, que rapidamente se espalhou pelo planeta e virou meme. Na disputa pelo terceiro lugar, restou ao Inter amenizar o vexame ao superar o Seongnam, da Coreia do Sul.
Santos (2011): A segunda grande decepção de um clube brasileiro no Mundial de Clubes veio com o Santos, em 2011. Campeão da Libertadores com uma geração badalada, que tinha Neymar, Ganso e outros talentos, o time chegou ao Japão cercado de expectativas. A missão era encarar de igual para igual o Barcelona de Messi no auge, sob o comando de Pep Guardiola.
Na semifinal, o Peixe fez sua parte ao bater o Kashiwa Reysol por 3 a 1. Porém, na decisão, o que se viu foi um choque de realidade. Totalmente dominado, o Santos mal conseguiu tocar na bola e acabou goleado por 4 a 0, em um dos maiores atropelos da história do Mundial.
Atlético-MG (2013): A terceira grande decepção de um clube brasileiro no Mundial de Clubes aconteceu em 2013, com o Atlético-MG. Recém-campeão da Libertadores pela primeira vez na história, o time comandado por Cuca e liderado por Ronaldinho Gaúcho desembarcou no Marrocos cercado de otimismo e com a confiança nas alturas.
Só que o sonho virou pesadelo logo na estreia. Na semifinal, o Galo foi surpreendido pelo Raja Casablanca, representante do país-sede, e acabou derrotado por 3 a 1, em uma noite que chocou os torcedores. Restou ao time mineiro tentar amenizar o estrago na disputa pelo terceiro lugar, onde venceu o Guangzhou Evergrande, da China, por 3 a 2.
Palmeiras (2020): Uma das grandes decepções das participações dos clubes brasileiros no Mundial de Clubes foi a eliminação precoce do Palmeiras em 2020, quando caiu ainda na semifinal, ficando de fora da final. Após conquistar a Libertadores, o time chegou ao torneio com grandes expectativas, mas foi surpreendido pelo Tigres, do México, perdendo por 1 a 0, com gol de André-Pierre Gignac.
Essa derrota impediu o sonho de brigar pelo título, e na disputa pelo terceiro lugar, o Palmeiras não conseguiu se recuperar, empatando sem gols com o Al Ahly e sendo derrotado nos pênaltis. A campanha ficou marcada como uma das maiores decepções de clubes brasileiros na competição.

Flamengo x Al Hilal no Mundial 2022. Foto: Michael Steele/Getty Images
Flamengo (2022): O Flamengo tinha grandes chances de disputar a final do Mundial de 2022 contra o Real Madrid, mas viu seu sonho ser interrompido na semifinal. O time carioca foi derrotado pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, por 3 a 2, em uma partida marcada por falhas defensivas. Gols de Salem Al-Dawsari e Luciano Vietto decretaram a eliminação precoce do rubro-negro.
A defesa do Flamengo foi amplamente criticada após o jogo, e, embora a vitória sobre o Al Ahly na disputa pelo terceiro lugar tenha amenizado um pouco o impacto, a frustração com a eliminação ainda pairava sobre a torcida.

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Botafogo (2024): O Botafogo foi eliminado do Mundial de 2024 de forma dolorosa, ao ser derrotado nas quartas de final pelo Pachuca, com um sonoro 3 a 0, gols de Idrissi, Deossa e Rondón. Esta derrota entrou para a história como a maior sofrida por um clube brasileiro para um time não europeu na competição.
Além disso, o Glorioso estabeleceu outro marco negativo: foi o primeiro time brasileiro campeão da Conmebol Libertadores a não alcançar uma semifinal de Mundial, justamente no ano em que os clubes sul-americanos aram a disputar as quartas de final.