Jogador do Talleres-ARG acusa Bobadilla de xenofobia
Na noite da última terça-feira (27), o São Paulo venceu o Talleres, da Argentina, pelo placar de 2 a 1, com gols de Sabino e Luciano, e terminou a primeira fase da Copa Libertadores da América com 14 pontos, como líder do grupo.
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Porém, uma grande polêmica marcou a partida. Jogador do time argentino, Navarro acusou Bobadilla de xenofobia. Segundo ele, o meio-campista são-paulino praticou o lamentável ato contra ele durante os 90 minutos do confronto.
Além disso, Zubeldía se irritou ao ser perguntado sobre o assunto, ao deixar subentendido que havia coisas mais importantes a serem debatidas. Após algumas horas, o lateral do Talleres se manifestou.
Atleta desabafa ao vivo
O jogador concedeu entrevista no fim da noite e desabafou sobre o ato de discriminação proferido pelo atleta do Tricolor do Morumbis. Ele acabou detalhando como tudo acabou acontecendo.
“É realmente lamentável falar deste tipo de coisa, mas quando eles fazem o 2 a 1, Luciano estava dando praticamente uma volta no campo e eu disse ao árbitro que se apressasse, que necessitamos jogar. O Bobadilla me disse: ‘Vocês sempre fazem tempo (cera)’. E eu disse: ‘Que tempo? Vocês estão ganhando’. Aí ele me chamou de venezuelano morto de fome. E fiz a denúncia”, iniciou.

Bobadilla recebeu acusação. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Na sequência, ele contou como se sentiu: “Eu quis sair de campo, mas lamentavelmente não tínhamos mais substituições, pelo trabalho dos meus companheiros eu não quis sair e deixá-los com um a menos, mas minha cabeça não estava mais no jogo”, acrescentou.
Por fim, o defensor contou que espera que o são-paulino seja punido: “(Espero) Que se faça Justiça, não se pode mais ar isso. No ano ado viemos e dois jogadores nossos tiveram problemas com a Polícia, e fazem um escândalo quando uma equipe brasileira faz esse tipo de insulto. E agora se ou comigo, é lamentável falar disso, o que se deve falar depois do jogo é sobre jogo, não sobre racismo”, completou.

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Apoio de Ferraresi
Navarro ainda comentou que recebeu o apoio de Ferraresi do Tricolor, que também é venezuelano: “Falei algo a ele (Ferraresi), de como me sentia, contei a ele, me senti mal, me sinto mal. Prefiro guardar, são coisas privadas, mas ele esteve ao meu lado, o equatoriano Arboleda também se colocou do meu lado, sabia o que ele tinha dito. Estiveram todos do meu lado”, concluiu.